Amamentação

Amamentar é muito importante para estabelecer uma relação única entre a mãe e o bebê. Através da amamentação a mãe promove imunidade ao bebê e também auxilia na proteger contra os riscos de morte súbita dos bebês. Logo após o parto, os bebês são imediatamente colocados no peito de suas mães para estimular a produção do leite materno. O corpo humano é muito inteligente, e sabe exatamente o quanto de leite precisa produzir. O primeiro leite produzido pela mãe é chamado Colostro, e é bem concentrado em anticorpos e proteínas que serão extremamente benéficos para a habilidade do bebê de combater doenças e crescer.

Para os membros da família e para maridos/parceiros, é importante dar total apoio – amamentar é natural. Sendo bom para a mãe, bom para o bebê e bom para a família toda. Amentar é encorajador, não frustrante. Encoraje a você mesma a aprender sobre os benefícios da amamentação, e assim você possa ensinar o seu parceiro. Existe uma posição específica para o bebê amamentar corretamente no peito da mãe, para ajudar no reflexo de sucção. Com a ajuda do seu parceiro, você terá uma maior chance de ter uma amamentação saudável e satisfatória.

Em média um bebê amamenta entre 8 e 12 vezes durante o período de 24 horas, mas o tempo amamentando pode variar. Assim como adultos, a alimentação infantil também pode variar de um dia para o outro. Talvez o seu bebê possa amamentar por 5 minutos e ficar satisfeito. O bebê poderá também querer amamentar por apenas um dos seios, ou pelos dois. Nós recomendamos que você siga as iniciativas e dicas do seu bebê. Caso o seu bebê esteja dando dicas que está com fome, ofereça o peito para amamentação. Se o bebê estiver satisfeito, ele não irá mais querer ficar junto do peito para amamentar.

Existem vários sinais que indicam que os bebês estão recebendo leite materno o suficiente. Alguns destes sinais podem ser observados pelas próprias mães. Por exemplo, o movimento ativo do queixo, chupar algumas vezes e parar, é um sinal importante que o seu bebê está recebendo leite materno o suficiente. Às vezes você poderá também escutar o bebê engolindo o leite durante a amamentação. De qualquer modo, caso você não escute o bebê engolindo, não é necessário ficar em pânico e não é um sinal que o bebê não está recebendo leite materno suficiente. Alguns dos sinais que percebemos quando o bebê está satisfeito, é quando o bebê fica sonolento ou pega no sono amamentando no peito. Caso isso aconteça, é um sinal que o bebê não está mais com fome. Caso o bebê ainda esteja acordado, com os músculos relaxados, é também um sinal que ele recebeu leite materno suficiente. Outro sinal claro que o bebê está recebendo leite o suficiente, são as fraldas molhadas depois de urinar, que significa hidratação e nutrição do bebê. Depois do terceiro e quarto dia, 4 a 6 fraldas molhadas são esperadas em um período de 24 horas. Movimentos do intestino, ou seja, as fraldas com fezes podem variar de bebê para bebê, mas devem ocorrer pelo menos 2 vezes em um período de 24 horas. Finalmente, os sinais claros de que o bebê está recebendo leite materno o suficiente é o padrão continuo de crescimento, crescimento da circunferência da cabeça e também o aumento de peso do bebê nas visitas com a equipe medica de saúde. Caso você esteja preocupada, você deve consultar um profissional de saúde para esclarecimentos.

Não se esqueça que o leite materno é praticamente o alimento mais perfeito para o seu bebê, porém não contem vitamina D o suficiente para os ossos do seu bebê – Então você deverá perguntar o médico pediatra sobre o suplemento de vitamina D para completar a amamentação do seu bebê.

Amamentar não deve ser dolorido, ou causar dor, apesar de ser normal na fase inicial e necessitar de alguns ajustes e cuidados quando a mãe estiver com os mamilos feridos. Porém, depois das primeiras semanas, isso não deve mais ocorrer. Essa dor acontece devido aos mamilos estarem se alongando e se adaptando ao fato de o bebê estar puxando os tecidos dos seios durante a amamentação. Se você estiver com a sensação de beliscar ou aperto no peito, é provável que o bebê não esteja amamentando corretamente. Se você estiver com esses sintomas, por favor procure um médico, um especialista em amamentação ou um grupo de apoio de mães durante a amamentação para receber uma avaliação e solucionar as dores e desconforto na hora da amamentação.

Qualquer bico artificial não é recomendável até que a amamentação esteja bem estabelecida. Normalmente, o processo leva duas semanas para que a maioria das mães estabeleça a amamentação com sucesso. Isso significa que o bebê está “pegando” o peito corretamente e a mãe não está tendo dores, preocupações ou desconfortos na hora da amamentação; e o bebê está crescendo e se desenvolvendo. Neste ponto, podemos dizer que o uso da chupeta ou bico artificial pode ser seguro e oferecido para o bebê. O uso de chupeta depois das primeiras semanas pode ajudar a reduzir o risco de morte súbita dos bebês; mas se o seu bebê se recusar a usar chupeta, não force de maneira alguma.

Às vezes, as mães podem voltar a trabalhar e/ou a estudar (escola/universidade) mais cedo do que o esperado e é necessário oferecer o uso de mamadeiras ao bebê. A maioria dos bebês consegue se adaptar muito bem quando este período ocorrer, então você não deve se preocupar e não oferecer o uso de mamadeiras imediatamente, logo após o parto para que o bebê se acostume. Nós sugerimos que você evite o máximo possível, o uso de mamadeiras com bicos artificiais.

O cuidado da saúde bucal e dos dentes do bebê é muito importante para manter o bebê saudável. Limpe a gengiva do seu bebê duas vezes ao dia com um pano limpo e úmido. Somente comece a usar escova de dente com muita pouca pasta de dente com flúor (a medida da pasta é mais ou menos do tamanho de um grão de arroz) somente após o bebê ter o seu primeiro dente. Nunca coloque o bebê para dormir com a mamadeira na boca. Limpe a chupeta do bebê com sabão neutro e com água, nunca com a sua boca. Não mergulhe a chupeta em nenhum alimento doce ou bebidas. Leve seu bebê para uma visita ao dentista no primeiro ano de vida.